sexta-feira, 16 de março de 2012

Pussy Riot: Banda de atitude

Imagem: Anna Artemeva/Getty Images
Não sei se muita gente viu as imagens das meninas russas escandalizando numa igreja ortodoxa palavras contra Vladimir Putin. O que pode parecer uma piada, uma coisa engraçada de se ver num país como a Rússia, essa maluquice não teve graça nenhuma.
As meninas que lá apareceram tem nome e ideais: se chamam Pussy Riot, lutam pelos direitos das mulheres e, recentemente, contra a reeleição do primeiro ministro Putin.
O coletivo tem como marca as toucas, vestimentas coloridas e pseudônimos para evitar retaliações. Parecendo personagens do Teletubbies ou fãs de Restart as menins foram mais longe e chegaram ao ápice assim que apareceram na TV cantando "Holly Shit" na catedral ortodoxa russa Cristo Salvador contra os laços que a igreja mantém com Putin. Até agora três pessoas delas foram levadas para a prisão sendo que uma delas nega fazer parte do grupo. Para os crentes, aquilo foi um acinte, uma ofensa, porque as meninas utilizaram um local reservado exclusivamente para os padres. Para o diretor do Departamento Patriarcal para a Igreja e Sociedade de Moscou, Vsevolod Chaplin, a ação foi "insolente, descarado e agressivo". Por parte delas, é tudo uma forma para falar contra o "autoritarismo e para forçar uma reforma judicial, educacional e cultural" para o povo. "Nosso patriarca não tem vergonha de vestir roupas que custam $40.000, o que é intolerável enquanto tantas famílias russas estão na beira da pobreza. Nossa posição é do pensar criticamente, duvidar de todas as coisas 'naturais' e encontrar mentiras".  Para um grupo pequeno (diz-se de 12 a 15 pessoas entre as musicistas e apoio técnico) chega a ser impressionante.
Mas lá a coisa é pesada para quem é contra o "establishment" russo. As duas que estão presas podem pegar sete anos de prisão e, ainda como protesto, estão fazendo greve de fome dentro da cadeia. 
Assim, elas, junto com o grupo ucraniano Femen, elas fazem parte de um grupo feminista altamente engajado que está dando o que falar e aos poucos vão ganhando apoio ao redor do mundo. As informações aí acima foram retiradas dos sites RT e do The Guardian.
Para quem não viu, abaixo o vídeo.

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